Resumo:

Os pacientes com fascite plantar (PF) tipicamente descrevem sua dor depois de sair da cama de manhã ou após um período de inatividade. Eles afirmam que a dor diminui após uma caminhada no pé por um tempo. A maioria dos pacientes tolera a condição antes de procurar ajuda médica. Tratamentos conservadores atualmente para fascite plantar incluem repouso, fisioterapia,  palmilhas, fármacos anti-inflamatórios não esteroides, injeções de corticosteroides, avaliação, ortopedia, modificações no sapato, tala noturna, e elenco. Um método relativamente novo  de tratamento é a terapia de ondas de choque extracorpórea (ESWT). Apesar de numerosas publicações e ensaios clínicos, uma aplicação ortopédica da terapia extracorpórea por ondas de choque (ESWT), que ainda permanece altamente ambígua, é o tratamento de fascite plantar crônica. O objetivo deste trabalho foi determinar o papel da terapia por ondas de choque extracorpóreas no tratamento de  fascite plantar recalcitrante crônica.

Este estudo foi realizado em 90 pacientes que sofrem de fascite plantar crônica recalcitrante às terapias conservadoras por pelo menos 6 meses. Eles foram coletadas de ambulatório de Medicina Física e de Reabilitação, o Rei Saud Hospital, Onaizah, região AlQassim, Arábia Saudita (KSA). Todos os indivíduos foram avaliados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão no protocolo do estudo. Ausência de fratura de calcâneo, anormalidades ósseas e outra patologia foram confirmadas com radiografia lateral e antes  do tratamento foram divididos em dois grupos.

Grupo ativo incluiu 60 pacientes (20 homens e 40 mulheres), com idade média de 52,1 ± 8,5 anos e o grupo controle foi composto de 30 pacientes (12 homens e 18 mulheres), com idade média de 47,7 ± 7,8 anos. Grupo ativo recebeu Ondas de Choque de baixa energia. Assim que foi aplicado em quatro sessões como intervalo semanal usando 2000 impulsos (bar 2,5-3,5 pressão, frequência de 10-15 Hz) com uma densidade média de fluxo de energia de 0,02 a 0,33 mJ / mm2. Não foi utilizada nenhuma anestesia.

O grupo controle recebeu tratamento com placebo de apenas 20 choques com uma densidade de energia insignificante de 0,02 mj / mm2. Uma avaliação da dor por meio da escala visual analógica (VAS) que varia de zero (sem dor) a dez (dor máxima) foi estabelecido em 4 semanas, 8 semanas e três meses após o tratamento. BTL-5000 SWT unidade básica foi utilizado para ESWT (pressão 1-5 bar, 1-15Hz frequência). Todos os tratamentos foram realizados de acordo com as instruções do manual de funcionamento.

No que diz respeito à medida do resultado, uma diferença estatisticamente significativa foi encontrada na mudança da linha de base a 3 meses nas pontuações VAS do tratado versus grupo placebo (p <0,01). No grupo ativo, o escore médio de dor diminuiu 7,8-3,8 aos 3 meses (p <0,001), resultando em uma melhoria média percentual de 49,7%. No grupo placebo, a pontuação média dor diminuiu 7,8-5,4 aos 3 meses (p <0,001), a porcentagem média de melhoria de 32,1%. No grupo ativo, 48,3% (29 de 60) dos indivíduos alcançaram melhoria superior a 60% na dor e no grupo placebo, apenas 23,3% (12 de 30) preencheram os mesmos critérios. ESWT é um tratamento não invasivo, seguro e eficaz para a fascite plantar recalcitrante.